sábado, 13 de julho de 2013

A vontade do público pode contribuir para dar uma nova imagem à cidade de Maputo

A cidade de Maputo vem desde décadas convivendo com um problema ambiental que para além de lhe retirar a sua beleza lhe cria um cheiro nauseabundo e insuportável, que incomoda todos que frequentam (munícipes, comerciantes e visitantes).
Refere-se à urina “espalhada” pelas vias desta cidade, que outrora viu a sua beleza despencar-se. Os cidadãos, com tanta normalidade, vão urinando em locais públicos, encostados às árvores, contentores de lixo, postes eléctricos, muros, sob o pretexto de falta de casas de banho públicas.
O problema vem ganhando contornos alarmantes a cada dia que passa e os utentes vão ficando formatados a essa realidade nefasta da nossa grande cidade, de tal maneira que não se apercebem ou negligenciam a solução já existente, que revoga por completo o pretexto “falta de casas de banho públicas”.
A solução referida são as casas de banho públicas existentes nas Techno paragens (Nova geração de Paragem) edificados na maioria das paragens de maior concentração populacional da cidade. São casas de banhos disponíveis ao preço que varia entre 2 a 5 meticais, um valor “simbólico” comparado com a necessidade de restauração da beleza da cidade, através da manutenção do equilíbrio ambiental e  da promoção da saúde pública.
Entretanto, é pacífico afirmar que a solução deste problema depende da boa vontade do público, embora exista muito por ser feito pelo Município e pelo Ministério de Coordenação e Acção Ambiental (MICOA), que juntos podem desenhar políticas de educação ambiental, a serem implementadas em grandes centros comercias, com vista a estimular as boas práticas nos cidadãos e eliminar os hábitos depreciadores da nossa cidade.
No entanto, solicita-se toda e qualquer organização governamental e não-governamental pro-ambiental condescendente com esta causa, a dar o seu contributo pelo bem da nossa bela cidade capital, podendo ser pela prática de educação ambiental, financiamento no alargamento da rede de casas de banho públicas em toda a cidade, entre outras actividades.
A situação desta cidade deve ser melhorada.
Autor: Francisco Júlio Mate


quinta-feira, 4 de julho de 2013

Um incêndio “propositado” destrói uma área reservada ao pastoreio na Localidade de Licaene, distrito de Boane em Maputo.




A localidade de Licaene, distrito de Boane, viu o dia passar em chamas com o incêndio ocorrido hoje numa área reservada ao pastoreio pela empresa de criação de gado bovino, Teixeira limitada. O fogo teve o seu inicio pelas 9 horas do dia de hoje, 3 de Julho de 2013 prolongando-se pelo dia todo e gradualmente tomando proporções cada vez mais alarmantes.
É um fogo de origem desconhecida, porém foi possível colher da população informações que dão conta de ter sido um fogo propositado, visto que o proprietário da empresa Teixeira limitada teria embargado, na semana passada, a implantação de uma grande obra de fabrico de tijolos naquelas terras, criando uma fúria aos residentes que viam à porta o desenvolvimento da localidade. Estas informações remetem a possibilidade de ter sido um residente revoltado, que não conteve as suas emoções e atirou fogo no local. Sem excluir as outras possibilidades de origem deste acontecimento.
O fogo alastrou-se, devastou, libertou fumo, tomou proporções alarmantes, e os auscultados mostravam-se condescendentes ao sucedido e aplaudiam a desgraça do proprietário daquela empresa de criação do gado bovino.
Embora do ponto de vista dos residentes tenha-se atingido alguma satisfação pessoal -colectiva, o fenómeno constitui um retrocesso naquilo que são as metas do país entorno do equilíbrio ambiental, visto ter-se libertado do incêndio uma quantidade considerável de CO2 e de outros gases não muito amigos do meio ambiente.
A outra desvantagem ambiental é a perda das funções que as árvores da área devastada detinham para a manutenção do equilíbrio ambiental e ecológico do local, desde a alimentação das espécies, a fixação de CO2 da atmosfera ate a libertação O2 durante o seu processo de fotossíntese.
Portanto, esta foi uma atitude maléfica do ponto de vista social, ambiental e colocou em risco a própria comunidade visto, existir população com habitações de construção local (casas de estacas e caniço) próximo a área devastada.
Não foi possível retratar o sucedido por não desprovir de meios que permitissem no momento, no entanto, por tratar-se de uma informação de extrema relevância para a sociedade viu se necessário compartilhar e com promessa de trazer mais detalhes sobre esse assunto nas próximas edições.
Autor: Francisco Júlio Mate