A cidade de Maputo vem desde décadas convivendo com um problema ambiental
que para além de lhe retirar a sua beleza lhe cria um cheiro nauseabundo e
insuportável, que incomoda todos que frequentam (munícipes, comerciantes e
visitantes).
Refere-se à urina “espalhada” pelas vias desta cidade, que outrora viu a
sua beleza despencar-se. Os cidadãos, com tanta normalidade, vão urinando em locais
públicos, encostados às árvores, contentores de lixo, postes eléctricos, muros,
sob o pretexto de falta de casas de banho públicas.
O problema vem ganhando contornos alarmantes a cada dia que passa e os
utentes vão ficando formatados a essa realidade nefasta da nossa grande cidade,
de tal maneira que não se apercebem ou negligenciam a solução já existente, que
revoga por completo o pretexto “falta de casas de banho públicas”.
A solução referida são as casas de banho públicas existentes nas Techno paragens (Nova
geração de Paragem) edificados na maioria das paragens de maior
concentração populacional da cidade. São casas de banhos disponíveis ao preço
que varia entre 2 a 5 meticais, um valor “simbólico” comparado com a necessidade
de restauração da beleza da cidade, através da manutenção do equilíbrio ambiental
e da promoção da saúde pública.
Entretanto, é pacífico afirmar que a solução deste problema depende da boa
vontade do público, embora exista muito por ser feito pelo Município e pelo
Ministério de Coordenação e Acção Ambiental (MICOA), que juntos podem desenhar políticas de educação ambiental, a serem implementadas em grandes centros
comercias, com vista a estimular as boas práticas nos cidadãos e eliminar os
hábitos depreciadores da nossa cidade.
No entanto, solicita-se toda e qualquer organização governamental e não-governamental
pro-ambiental condescendente com esta causa, a dar o seu contributo pelo bem da
nossa bela cidade capital, podendo ser pela prática de educação ambiental,
financiamento no alargamento da rede de casas de banho públicas em toda a cidade,
entre outras actividades.
A situação desta cidade deve ser melhorada.
Autor:
Francisco Júlio Mate